CRIANÇA SOFRE BULLYING E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DE SEU PAI E MADRASTA
Movimento Comunitário • 29 de outubro de 2021
CRIANÇA SOFRE BULLYING E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DE SEU PAI E MADRASTA
A violência contra crianças e adolescentes continua aumentando em todo país, dados indicam que, na maioria dos casos, a violência parte de pessoas que fazem parte do círculo social mais próximo da criança. Uma dessas situações chegou ao MCVE durante esta última semana, através da avó que segundo ela, a criança vem sofrendo xingamentos racistas e violência física, confirmado pela própria criança em conversa com a assistente social e a psicóloga da instituição. O caso foi encaminhado para o Conselho Tutelar do Zona Norte, acompanhado pela equipe psicossocial do MCVE e da avó da criança.
A menina foi acolhida pela avó onde está morando há dois meses, mesmo sem muitas condições financeiras, a avó tomou a atitude de cuidar da menina, já que o pai, seu filho, estava causando o transtorno. Além disso, ela teme que aconteça algo pior com a criança, e de também ser responsabilizada por negligência. Para que sua neta tenha uma vida melhor, a avó disse que irá até as últimas consequências.
O pai da criança é venezuelano e vive com uma mulher brasileira, que segundo os relatos trata a menina muito mal, com ameaças e xingamentos racistas. Esses tratamentos também foram narrados ao Conselheiro Tutelar. Sempre do lado de sua avó, a pequena criança rir, brinca, mas não esboça nenhuma vontade de retornar a sua casa, devido as punições que sofria.
O caso foi encaminhado pelo conselho tutelar para a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente- DEPCA, no dia seguinte. O processo foi instaurado e o pai e a madrasta foram indiciados pelos crimes de racismo e maus tratos. A guarda foi concedida a avó, que se prontificou em cuidar da criança e não permitir que ela retorne a casa de seu pai.
O MCVE continuará dando suporte para ao caso, através da equipe psicossocial. Infelizmente são muitos casos parecidos em Manaus, quando a equipe do MCVE consegue identificar situações que violam principalmente os direitos da criança e adolescente, não se mede esforços para buscar soluções cabíveis aos autores de violência.
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